ATA DA VIGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA
TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM
06-12-2007.
Aos seis dias do mês de dezembro do ano de dois mil
e sete, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às dezoito horas e quarenta e dois minutos, foi
realizada a chamada, respondida pelos Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir
Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia
Maranhão, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson,
Guilherme Barbosa, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Margarete
Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei, Mauro Zacher, Nereu
D'Avila, Neuza Canabarro, Newton Braga Rosa, Nilo Santos e Sebastião Melo.
Constatada a existência de quórum, a Senhora Presidenta declarou abertos os
trabalhos e iniciada a ORDEM DO DIA. Ainda, durante a Sessão, compareceram os
Vereadores Adeli Sell, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Haroldo de Souza,
José Ismael Heinen, Maria Luiza, Maristela Meneghetti, Professor Garcia, Sofia
Cavedon e Valdir Caetano. Em Votação, foi votada destacadamente e rejeitada a
Emenda nº 38, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 021/07, por oito votos
SIM e vinte votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores Aldacir
Oliboni, Claudio Sebenelo, Guilherme Barbosa e Professor Garcia e pela
Vereadora Maristela Maffei, em votação nominal solicitada pela Vereadora Clênia
Maranhão, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos
Comassetto, Carlos Todeschini, Dr. Raul e Guilherme Barbosa e as Vereadoras
Margarete Moraes e Maristela Maffei e Não os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo
Filho, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart,
Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Carlos Nedel, José Ismael
Heinen, Luiz Braz, Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Mauro Zacher, Nereu
D'Avila, Neuza Canabarro, Newton Braga Rosa, Nilo Santos e Professor Garcia.
Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 40, aposta ao Projeto de Lei
do Executivo nº 021/07, por três votos SIM, dezessete votos NÃO e cinco ABSTENÇÕES,
em votação nominal solicitada pelo Vereador Haroldo de Souza, tendo votado Sim
os Vereadores Aldacir Oliboni e Bernardino Vendruscolo e a Vereadora Maristela
Maffei, Não os Vereadores Alceu Brasinha, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão,
Dr. Goulart, Dr. Raul, Elias Vidal, Haroldo de Souza, João Carlos Nedel, José
Ismael Heinen, Luiz Braz, Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Mauro Zacher, Nereu
D'Avila, Neuza Canabarro, Newton Braga Rosa e Nilo Santos e tendo optado pela
Abstenção os Vereadores Adeli Sell, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini e Guilherme
Barbosa e a Vereadora Margarete Moraes. Foi votada destacadamente e rejeitada a
Emenda nº 41, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 021/07, por seis votos
SIM e dezoito votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelo Vereador Aldacir
Oliboni e pela Vereadora Margarete Moraes, em votação nominal solicitada pelo
Vereador Haroldo de Souza, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir
Oliboni, Carlos Comassetto e Carlos Todeschini e as Vereadoras Margarete Moraes
e Maristela Maffei e Não os Vereadores Alceu Brasinha, Claudio Sebenelo, Clênia
Maranhão, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza,
João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Mario Fraga, Maristela
Meneghetti, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Newton Braga Rosa, Nilo Santos e
Professor Garcia. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 51, aposta
ao Projeto de Lei do Executivo nº 021/07, por nove votos SIM e dezenove votos
NÃO, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores Aldacir Oliboni, Adeli
Sell e Elias Vidal e pela Vereadora Maristela Maffei, em votação nominal solicitada
pelo Vereador Haroldo de Souza, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell,
Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Dr. Goulart e Dr. Raul e
as Vereadoras Margarete Moraes, Maristela Maffei e Sofia Cavedon e Não os
Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Claudio
Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João
Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Mario Fraga, Maristela Meneghetti,
Mauro Zacher, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Newton Braga Rosa, Nilo Santos e
Professor Garcia. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 52, aposta
ao Projeto de Lei do Executivo nº 021/07, por seis votos SIM e vinte e três
votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores Carlos Todeschini,
Professor Garcia, Adeli Sell e Elias Vidal, em votação nominal solicitada pelo
Vereador Haroldo de Souza, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir
Oliboni, Carlos Comassetto e Carlos Todeschini e as Vereadoras Margarete Moraes
e Sofia Cavedon e Não os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino
Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elias
Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen,
Luiz Braz, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Mauro Zacher,
Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Newton Braga Rosa, Nilo Santos, Professor
Garcia e Valdir Caetano. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 53,
aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 021/07, por seis votos SIM e dezesseis
votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores Carlos Todeschini,
Carlos Comassetto, Haroldo de Souza, Ervino Besson, Elias Vidal e Alceu
Brasinha, em votação nominal solicitada pela Vereadora Clênia Maranhão, tendo
votado Sim os Vereadores Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini
e Dr. Raul e as Vereadoras Margarete Moraes e Sofia Cavedon e Não os Vereadores
Alceu Brasinha, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Ervino Besson, João
Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Mario Fraga, Maristela Meneghetti,
Mauro Zacher, Nereu D'Avila, Newton Braga Rosa, Nilo Santos, Professor Garcia e
Valdir Caetano. Foi votada destacadamente a Emenda nº 55, aposta ao Projeto de
Lei do Executivo nº 021/07, a qual obteve sete votos SIM e nove votos NÃO, após
ser encaminhada à votação pelos Vereadores Carlos Comassetto, Elias Vidal,
Sofia Cavedon, Luiz Braz e Professor Garcia, em votação nominal solicitada pelo
Vereador Mario Fraga, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir
Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini e Dr. Raul e as Vereadoras
Margarete Moraes e Sofia Cavedon e Não os Vereadores Dr. Goulart, Elias Vidal,
Ervino Besson, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Newton Braga
Rosa, Nilo Santos e Valdir Caetano, votação esta declarada nula pela Senhora
Presidenta, em face da inexistência de quórum deliberativo. Às vinte horas e
cinqüenta e cinco minutos, constatada a inexistência de quórum deliberativo, a
Senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores
Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental.
Os trabalhos foram presididos pela Vereadora Maria Celeste e secretariados pelo
Vereador Alceu Brasinha. Do que eu, Alceu Brasinha, 1º Secretário, determinei
fosse lavrada a presente Ata, que, após aprovada pela Mesa Diretora, nos termos do
artigo 149, parágrafo único, do Regimento, será assinada pela maioria de seus
integrantes.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Estão
abertos os trabalhos da presente Sessão.
Havendo
quórum, passamos à
VOTAÇÃO
(encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 8022/07 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 021/07, que estima a receita e fixa a
despesa do Município de Porto Alegre para o exercício econômico-financeiro de
2008. Com Emendas nos
01 a 08, 12, 16 a 24, 26 a 30, 32 a 35, 37, 38, 40 a 44, 47 a 49, 51 a 80 e
Subemendas nº 01 às Emendas nos 17, 18, 19, 23, 24, 26, 28, 30, 32,
33, 34, 47, 54. Subemenda nº 02 às Emenda no 23.
Pareceres:
- da CEFOR. Relator
Ver. Professor Garcia:
a) pela aprovação do
Projeto de Lei do Executivo nº 021/07.
b) pela aprovação das
Emendas nos: 02; 05; 12; 16; 19 com Subemenda nº 01 de Relator; 20;
21; 23 com Subemenda nº 02 de Relator; 26 com Subemenda nº 01; 29; 30 com
Subemenda nº 01; 34 com Subemenda nº 01; 35; 42; 43; 44; 47 com Subemenda nº 01
de Relator; 48; 54 com Subemenda nº 01 de Relator; 61; 68; 69; 70; 72; 73 e 80
de Relator.
c) pela rejeição das
Emendas nos: 01; 03; 04; 06; 07; 08; 17 com Subemenda nº 01; 18 com
Subemenda nº 01; 22; Subemenda nº 01 à Emenda nº 23; 24 com Subemenda nº 01;
27; 28 com Subemenda nº 01; 32 com Subemenda nº 01; 33 com Subemenda nº 01; 37;
38; 40; 41; 49; 51; 52; 53; 55; 56; 57; 58; 59; 60; 62; 63; 64; 65; 66; 67; 71;
74; 75; 76; 77; 78 e 79.
Observações:
- para aprovação, maioria simples de votos, presente a maioria absoluta
dos Vereadores - Art. 53, “caput”, c/c Art. 82, “caput”, da LOM.
- o Projeto será votado com as Emendas com Parecer pela aprovação, nos
termos do Art. 120, VI, do Regimento da CMPA;
- para a votação em separado de Emenda com Parecer pela aprovação ou
rejeição, será necessário requerimento subscrito por um terço dos membros da
Casa – Art. 120, VI, do Regimento da CMPA;
- após a aprovação de Parecer na CEFOR e durante a Ordem do Dia não
serão admitidas Emendas (Art. 120, § 1º, do Regimento);
- foram retiradas as Emendas nos. 09, 10, 11, 13, 14, 15, 25 com
Subemenda nº 01, 31, com Subemenda nº 01, 36, 39, 45, 46 e 50;
-
discutiram a matéria os Vereadores A.Sell, A.Oliboni, S.Cavedon, C.Todeschini
cedeu p/S.Cavedon), S.Melo, M.Danéris, G.Barbosa, M.Zacher(cedeu p/S.Melo),
J.A.Dib, M.Pinheiro (cedeu p/A.Sell), M. Moraes, E.Besson, L.Braz, E.Guimarães
e Prof.Garcia;
-
discutiu a matéria o Ver. C. Comassetto.
A SRA. PRESIDENTA: Em votação a Emenda nº 38, destacada, ao PLE nº 021/07. (Pausa.) O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 038, destacada, ao PLE nº 021/07.
O
SR. ALDACIR OLIBONI: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; colegas Vereadores, Vereadoras, público que nos
acompanha pelo Canal 16, a Emenda nº 38, vetada pelo Governo, vetada pelo nosso
Relator, que eu acho que tem profundo desconhecimento da matéria, trata do
recurso para municipalizar a Saúde na Região Leste de Porto Alegre. Desde que a
Saúde foi municipalizada na Cidade, a única Região que ficou com sete postos
que não foram municipalizados foi a Região Leste, mais precisamente conhecida
como o Murialdo. Existem ainda sete postos de saúde, unidades de saúde, do
Estado, sendo que três estão fechadas e as outras quatro funcionam mais ou
menos. Infelizmente, nem o Governo Municipal, nem o Estadual, embora exista o
Parecer favorável do Conselho Estadual da Saúde, do Conselho Municipal de Saúde,
do Conselho Distrital de Saúde, assim mesmo, não municipalizaram. E esta Emenda
nº 38 trata de destinar recursos para a municipalização, 500 mil reais. Mais
uma vez, o Governo demonstra, claramente, que não quer priorizar a Saúde, Ver.
Besson. E como justifica o Governo atual que vai ampliar o atendimento médico
com toda esta demanda, seja ela da cidade de Porto Alegre, seja ela do Interior
do Estado, se não dá nenhuma sinalização de que vai ampliar os serviços em
Saúde? A Região Leste de Porto Alegre é uma das piores, porque o Governo do
Estado não só não amplia, não reforma, não melhora a qualidade de trabalho e de
atendimento desta Região, mas não repassa para o Município mais de 40 milhões
nos últimos dois anos, e o Governo não diz isso. Ele convive com uma
irregularidade, mas não denuncia e não faz. O que vai ser desta Região, daquela
população que está com os postos de saúde fechados? O posto da Região Leste,
por exemplo, o Posto da Região 4, no Morro da Cruz, fechou há mais de 60 dias.
Foram feitas várias mobilizações; ontem nós recebemos, aqui, toda esta
comunidade do Morro da Cruz, e as pessoas estão chorando, as pessoas não têm
como pagar uma passagem para ir até outro Posto de Saúde; as pessoas de idade
não têm condições de se dirigir, a pé, porque é muito distante, e naquela
Região há mais de doze mil famílias sem atendimento médico. Nós estamos pedindo
uma coisa muito simples: o atendimento médico. É um direito constitucional,
mas, infelizmente, os Governos, vários Governos não estão colocando a Saúde
como prioridade e esquecem do fundamental que é o atendimento básico. Quando
nós falamos aqui em priorizar a Saúde - e agora se demonstrou claramente quando
vetaram a Emenda anterior sobre a possibilidade de ampliação do Pronto
Atendimento da Região Sul, mais precisamente no Parque Belém, foram feitos aqui
discursos demagógicos, sim, no sentido de dizer que amanhã ou depois vai ter o
Pronto Socorro. Mas quando vai ter o Pronto Socorro, se hoje já é uma demanda
reprimida? Alguns Vereadores vão visitar a Direção deste Hospital e dizem que
vão apoiar o Pronto Socorro do Extremo Sul, seja aqui ou na Restinga. Agora,
quando do veredicto, votam contra. A população está assistindo, a população vai
acompanhar, a população vai dizer quem quer o atendimento ampliado na Zona Sul,
quem quer a municipalização da Região Leste da Cidade; a população quer saber
como vamos modificar a atual gestão incompetente, incompetente! Cadê o gestor
da Saúde de Porto Alegre? Infelizmente, não fala e não age.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Claudio
Sebenelo está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 38,
destacada, ao PLE nº 021/07.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: Srª
Presidenta, Srs. Vereadores, o que está em debate aqui, Ver. Oliboni – queria
me referir à Emenda anterior -, é que ninguém, nenhum de nós vai abrir um
Pronto Socorro na Zona Sul com a verba de uma Emenda. Segundo, esta ajuda será
como migalhas para as dívidas e para os problemas que o Hospital Belém tem;
essa questão vai ficar diluída e não vamos ter o hospital. O que tem que se
fazer - no Governo Federal e na Bancada Federal - é o que se fez com o
Aeroporto Salgado Filho: todo dinheiro votado pela Bancada, todas as emendas
foram para o aumento da pista do Salgado Filho. Para o próximo projeto, a
Bancada Federal pode estar absolutamente unida em busca do dinheiro para o
Pronto Socorro da Zona Sul; aí então, dessa união entre Partidos, isso poderá
ser feito. Polemizar essa discussão dessa forma, tentando armar esse tipo de arapuca,
votar a favor ou contra - mas quem aqui é contra o Pronto Socorro da Zona Sul?
Nenhum de nós! Agora, esta estratégia de votar contra um projeto e depois
querer aprovar uma emenda sua, não faz jus à brilhante inteligência de V. Exas,
e muito menos do senhor, que é um orador excelente, que nos brinda, muitas
vezes, com discursos excelentes. Mas achar que nós não queremos o Pronto
Socorro da Zona Sul? Ora, evidentemente que todos nós queremos. Agora, não se
pode vender uma ilusão para a população. Não se pode dar a idéia de que com 1
milhão e 200 mil reais vamos fazer um Pronto Socorro – seria apenas um valor
simbólico. Pronto Socorro da Zona Sul para ser aberto precisa de verbas
maciças, verbas federais; isso não é atribuição para uma pequena Secretaria como
a nossa, que tem, inclusive, mazelas brutais, todos os dias enfrentando a falta
de recursos para a área da Saúde, que é muito grande ainda. E mais do que isso,
nós sabemos dos problemas da Saúde, e o Partido dos Trabalhadores os conhece
muito bem, porque foi uma loucura o que houve nos 16 anos, quando se chegou a
todas as formas, a todas as propostas de todos os Plurianuais, os Orçamentos,
quando nós fomos obrigados, inclusive, a pedir uma CPI da Saúde. E havia
elementos pontuais, como a ausência de atendimento de medicina primária. E
essas questões todas não podem sobrepujar o atendimento a todos para o
atendimento a apenas uma parte da população. E essa parte da população, que
merece o Pronto Socorro da Zona Sul - que nós queremos -, não pode ser aquinhoada,
tirando a verba do restante da população, para colocá-la somente no Pronto
Socorro da Zona Sul. Este é um problema maior e acho que esse raciocínio faz
com que nós tenhamos as nossas Emendas e o nosso Projeto aprovado nesta tarde,
no Orçamento, com os problemas das Emendas, tendo que ser ultrapassados e
superados por questões absolutamente econômicas, financeiras; jamais por
qualquer má vontade ou por qualquer má intenção de qualquer um dos Vereadores
que estão aqui e que querem, evidentemente, que a Cidade esteja num bom
momento.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda
38, destacada, ao PLE n° 021/07.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Verª Maria Celeste; colegas Vereadores,
Vereadoras, como eu já disse, eu não apresentei nenhuma Emenda e tenho
acompanhado os argumentos, as discussões. Se eu sigo o que ouço aqui - e
acredito que as pessoas dizem aqui a verdade -, eu vou dizer ao Ver. Ervino
Besson que, para ser coerente, até com um pouquinho de dignidade mesmo, ele tem
que exigir do seu Partido sair do Governo Federal, que o Ministro Lupi largue o
Ministério e o seu Partido, e os cargos que tem, e saia do Governo, senão V.
Exª só quer aproveitar os cargos e nenhum compromisso com um Governo que está
significando o avanço da população, principalmente pobre do nosso País. Então,
V. Exª ou exige que o Ministro saia, ou não vou acreditar mais no que V. Exª
diz, porque é uma completa incongruência. Se eu for acreditar no Ver. Luiz
Braz, por exemplo... Ele acha que a Emenda anterior, do Ver. Oliboni, com
relação a avançar no processo, vai dar direito a quê? A nada! Agora,
passa a ser o Pronto Socorro. Isso é um processo, evidente, isso é uma
demagogia, o que eu vou dizer do Ver. Goulart? O que vou dizer do Ver. Goulart?
Que é um demagogo ao cubo, segundo o Ver. Luiz Braz; V. Exª, Ver. Goulart, é um
demagogo ao cubo, por quê? Porque V. Exª apresentou uma Emenda de cem mil reais
para o Hospital da Restinga. Mas cem mil reais? Se 500 mil, um milhão de reais
não dá para o Parque Belém, que já tem uma estrutura, imagina construir um
hospital com cem mil reais? V. Exª, segundo o Ver. Luiz Braz, é um demagogo,
demagogo da Saúde; o que feio, é muito feio! Então o que está em jogo aqui, na
verdade, é quem assinou a Emenda, é a assinatura de qual Partido. Se não fosse
assim, não se aprovaria pelo Relator uma Emenda, que eu acho que é importante,
mas tem outra parecida, de nossa Bancada, que foi rejeitada. O Ver. Elói
apresentou a Emenda com razão, com razão porque eu conheço o local, 10 mil
reais para a bocha, lá no Parque Alim Pedro; precisa, aquilo está caindo,
precisa, foi aprovada, porque tem a assinatura do Ver. Elói, mas tem Emenda da
nossa Bancada para qualificar posto de saúde e o Vereador-Relator rejeitou. O
que é que vale mais: a bocha ou o posto de saúde? A diferença é a assinatura. O
que é que vale mais: ampliar o canil da Prefeitura, que é preciso, a Zoonose,
ou o posto de saúde? Ver. Dr. Raul, é mais importante o canil ou o posto de
saúde? A diferença é que a Emenda do canil - e é importante que a população
saiba - foi assinada pelo Ver. Sebastião Melo; e a Emenda para o posto de saúde
foi um Vereador do PT. Quem assinou a Emenda de grana para a própria entidade?
O Ver. Elias Vidal. Ele apresentou uma Emenda para a Igreja dele. Tem coisa
mais imoral que esta!? Pois o Relator aprovou, porque ele é do Partido que era
do Prefeito. Aliás, o Prefeito já mudou tanto, e voltou, enfim. Tem coisa mais
imoral do que esta? E queriam nosso voto neste Orçamento! Agora, depois que
está aprovado, nós queremos melhorar o Orçamento.
O que está aqui colocado – e repito: eu não apresentei
nenhuma Emenda -, diferença de critério, não dá! É mais importante a bocha ou o
posto de saúde? É mais importante o canil ou o posto de saúde? Fica a pergunta
para os senhores. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Professor Garcia está com a
palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 38, destacada, ao PLE nº 021/07.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª Presidenta, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, ouvi atentamente
a posição do Ver. Guilherme Barbosa, quando ele pergunta se é mais importante a
questão do canil ou da cancha de bocha. Ele poderia ter perguntado também, por
exemplo, sobre a Emenda aprovada da Verª Margarete Moraes, a respeito do Salão
Internacional de Desenho. O que é mais importante? Vereadora, que bom! Só para
ver, quando fala, como se incomoda, Vereadora! Eu sei, mas estou dizendo que
esta é a dialética. Por isso que o Parlamento faz isto. Ou seja, vem, e, como é
fácil, a gente coloca e já morde a isca. Mas nós vamos fazer diferente,
Vereadora, com mérito!
Quero
fazer uma outra ressalva. O que é que o Ver. Aldacir Oliboni coloca? V. Exª
está propondo a municipalização, reforma e manutenção. Eu lhe pergunto, de
forma sincera, e sei que V. Exª É sincero também: estes postos de saúde
pertencem ao Município ou ao Estado? Vão pertencer ao Município! O senhor não
teve nem a coragem de dizer “pertencem ao Estado”. Disse? Ah, então está bom,
pertencem ao Estado! Bom, se pertencem ao Estado, como vamos pegar verbas do
Município e dar para o Estado? Vereador, é importante que cada um venha e
coloque a sua posição!
Quero colocar exatamente isso. O que é mais
importante? O que é melhor para o Município de Porto Alegre? Pegar o dinheiro
de Porto Alegre para dar para o Estado? O melhor é isso? Claro que não! A
questão da dialética é exatamente isso, só que eu volto a colocar: quando
pergunta sobre a municipalização da reforma e manutenção... Hoje a
municipalização não ocorreu. Isso ainda vai ocorrer. Claro que eu sei que, por
discurso, para dizer para a população... Hoje a população não cai mais nessa,
porque ela sabe; foi-se a época em que o pessoal mobilizado chegava lá, e
depois terminava a eleição e o pessoal se dava conta de que não acontecia nada.
Hoje a questão das políticas públicas é discutida de outras formas; e acho que
o PT foi o Partido que deu a grande sustentação para isso, de propor a discussão
com a comunidade, fazer a questão do Orçamento Participativo e vitalizar isso.
Então nada melhor do que chegarmos e colocarmos a questão da municipalização.
Portanto, Vereador, não teria fundamentação, porque o dinheiro do Município não
pode ser aplicado no Estado. Muito obrigado, Sra Presidenta.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª
Maristela Maffei está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 38,
destacada, ao PLE nº 021/07.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª Presidenta, Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, de fato, Ver. Garcia, é uma discussão dialética; agora,
depende. O senhor como estudioso sabe disso, pois na questão filosófica, a
dialética tem uma que é cíclica. Hegel foi professor de Marx, e Marx, na
dialética negativista, nega o que está estabelecido. E hoje, eu acho que o Ver.
Garcia, com todo o respeito - desaprendeu alguma coisa de quando ele estava na
Frente Popular, porque a questão do gestor - e aqui foi colocado muito bem -,
que é o Município, ele deveria estar preocupado com o que está acontecendo no
Murialdo, todos nós sabemos que a Governadora vai deixar morrer o Murialdo. Ela
não tem interesse. Ela só se preocupa com o caixa único. E o Município, que
deveria ter uma política preventiva, inclusive trabalhando para municipalizar,
prefere, sim, simbolicamente, aprovar - não querendo comparar as Emendas - uma
Emenda para uma igreja de um Vereador da base do Governo. Ele fez a Emenda, o
Relator aprova, e a base do Governo aprova. Para mim, aqui está o grande
dilema. Não é a questão, poderia vir aqui e dizer que não temos, mas não há
preocupação. E essa questão aqui que foi denunciada - eu fiquei sabendo agora
-, do Ver. Elias Vidal, é simbólica para esta Casa e é grave; ele está fazendo
em benefício próprio. E aí, como é que tu vais dizer aqui que a Verª Margarete
Moraes - querer comparar -, que foi Secretária da Cultura... Dentro de um
Projeto de Lei, encaminha uma Emenda para o Município? Que não fez nenhuma
promoção pessoal. Querem comparar com uma Emenda do Ver. Elias Vidal? Deixa de
ser uma Câmara laica! Agora, nós vamos começar a investir dinheiro nas igrejas?
Daqui a pouco, Vereador, lá na sua igreja... Eu tenho certeza de que o senhor
não faria isso, Ver. Almerindo. Agora, é a igreja do Vereador, e, daqui a
pouco, eu, como sou católica, vou começar a pedir. Como é que fica a saúde do
povo, a saúde mental para entender esta Casa? Ver. Haroldo, pense um pouco. O
senhor é um ser humano inteligente, é um formador de opinião. Como é que vamos
aprovar? É simbólico, isso é sério! Nós aprovamos uma Emenda em benefício
próprio de uma pessoa para a sua igreja, e querem comparar com a Verª Margarete
Moraes, que não é do meu Partido, mas é minha amiga, minha companheira e uma
pessoa seriíssima, e deixar sem uma prevenção para a municipalização do
Murialdo? Isso é no mínimo irresponsabilidade de um Governo que pensa a médio e
longo prazo. É um Governo que olha só para o seu umbigo, é um Governo que não
previne, que não pensa na gestão política da saúde de um Município.
Então, senhoras e senhores, eu quero dizer que a
Zona Leste lamenta isso, a cidade de Porto Alegre lamenta e vai lamentar muito
por isso e, ao fim, a Casa, no sentido laico, porque agora nós começamos a ter
uma guerra santa nesta Casa. Isso é simbólico, sério, e essa denúncia que foi
colocada aqui tem que ser averiguada, porque não é compatível com a honradez
desta Casa. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação
nominal, solicitada pela Verª Clênia Maranhão, a Emenda nº 38, destacada, ao
PLE nº 021/07. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 08
votos SIM; 20 votos NÃO.
Em
votação nominal, por solicitação do Ver. Haroldo de Souza, a Emenda nº 40,
destacada, ao PLE nº 021/07. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por
3 votos SIM; 17 votos NÃO; 5 ABSTENÇÕES.
Em
votação a Emenda nº 41, destacada, ao PLE nº 021/07. (Pausa.) O Ver. Aldacir
Oliboni está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 41,
destacada, ao PLE nº 021/07.
O
SR. ALDACIR OLIBONI: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, a
Emenda rejeitada, mais uma Emenda rejeitada pelo Relator, Emenda 41, destina
recursos para a questão da acessibilidade universal. O Governo Municipal criou
uma Secretaria de Acessibilidade e Inclusão Social, não destinou recursos a ela
e, muito pelo contrário, não deu nenhuma condição nem para baixar o meio-fio,
para que as pessoas, os cadeirantes tenham acessibilidade na Cidade. E a prova
disso é a própria RBS, que fez uma matéria nesses dias, que foi amplamente
divulgada, em que as pessoas não têm acessibilidade nem mesmo no local de
trabalho. O Governo Municipal, através do seu Relator, aqui seu representante,
votou contra 50 mil reais para baixar o cordão da calçada, Haroldo, isso é dar
prioridade? De que adianta criar a Secretaria de Acessibilidade? Então, cria a
Secretaria do Idoso, como V. Exª defende, e deixa assim, deixa assim, como é da
Acessibilidade e Inclusão Social. Dá uma impressão que não existe Secretário e
nem Secretaria. É apenas para poder colocar mais alguém que está aí no apoio do
Governo. Então este Governo de coalizão que hoje se apresenta em Porto
Alegre é exatamente para aquinhoar os parceiros, não é para demonstrar que tem
um projeto estratégico de acessibilidade para a Cidade. Cinqüenta mil reais,
Relator Professor Garcia! É um escândalo não implementar 50 mil reais para a
Secretaria de Acessibilidade e Inclusão Social!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A
Verª Margarete Moraes está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº
41, destacada, ao PLE nº 021/07.
A
SRA. MARGARETE MORAES: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, público que nos assiste pelo
Canal 16, nós estamos votando hoje o Orçamento de 2008. É uma questão muito
séria, diz respeito ao futuro da cidade de Porto Alegre. E quero dizer que a
Bancada do Partido dos Trabalhadores e do PCdoB – permita-se falar em nome do
PCdoB – têm sido coerentes, absolutamente coerentes, porque nós rejeitamos o
Orçamento por estar eivado, pleno de erros técnicos, muito ruim, com muitas
“janelas”. É importante que a população saiba que nessas “janelas” colocam uma
verba mínima e, depois, fica-se sem nenhum comprometimento de realizar aquele
programa que foi colocado. Nós achamos que este Orçamento deveria ter interesse
público, impessoalidade, isonomia, paridade e, infelizmente, não tem, Ver.
Ervino Besson. É por isso que as Emendas são uma oportunidade, uma chance que
as Bancadas do PT e do PCdoB estão colocando para revisar as posições
apresentadas pela Relatoria. Nós queremos corrigir, queremos aperfeiçoar, por
isso estamos aqui defendendo, não importa até que hora a gente vá hoje, pois
nós estamos comprometidos com o futuro da cidade de Porto Alegre. Agora, esta
Emenda nº 41, do Ver. Aldacir Oliboni, diz respeito aos direitos humanos, é um
direito constitucional. Quem viaja sabe que, em qualquer cidade, até aqui no Interior,
tem meio-fio baixo, para que os cadeirantes possam se locomover, é algo muito
simples, muito justo, isso é um direito previsto pela Constituição brasileira.
Até o Ver. Oliboni foi bem modesto, quando pede a implementação de ações de
acessibilidade nas calçadas, nos terminais de ônibus, em todas as situações,
nos acessos aos corredores de ônibus, também, porque nós, que queremos a
inclusão de todas as pessoas, sabemos que quem tem necessidades especiais são
aqueles que mais precisam, e o valor da Emenda é de 50 mil reais.
Não dá para comparar, Ver. Garcia, o Salão de
Desenho de Imprensa com a situação da Emenda pessoal do Ver. Elias Vidal, que
fez para a sua Igreja, e que é inconstitucional; ele fez uma Emenda para si
mesmo, é inconstitucional. O Salão é uma Lei Municipal, um Programa da SMC que
existe há mais de 17 anos e que, para acontecer, precisa de recursos dentro do
Programa. Estou oferecendo uma Emenda para a Prefeitura de Porto Alegre, para a
Secretaria Municipal da Cultura. Mas voltando a esse caso do Ver. Aldacir Oliboni, eu comparei - e quero a
atenção de todos - com a Emenda nº 68, de autoria do Ver. Professor Garcia, que
oferece 50 mil reais, o mesmo valor da Emenda do Oliboni, que é universal para
toda Cidade, para uma instituição, a APAE. Não acho que a APAE desmereça, acho
que merece também, mas é uma instituição, uma Emenda apresentada pelo Ver.
Professor Garcia que rejeitou uma Emenda universal de interesse público,
promovida pelo Ver. Aldacir Oliboni.
Este
momento é sério, é de discussão, e nós queremos sensibilizar os demais
Vereadores, para que nos acompanhem nesta Emenda nº 41, apresentada pelo
Oliboni, porque, se criaram um órgão, uma Secretaria Municipal ligada a essa
temática, nós temos que mudar essa condição em Porto Alegre, dar condições para
que todas as pessoas possam se locomover, tenham o direito de sair da sua casa,
tenham o direito de andar de ônibus, de participar da vida da Cidade. É uma
Emenda que defende os direitos humanos. Vereadoras e Vereadores, eu peço atenção.
Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. Haroldo de Souza, a Emenda nº 41,
destacada, ao PLE nº 021/07. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por
6 votos SIM; 18 votos NÃO.
Em
votação a Emenda nº 51, destacada, ao PLE nº 021/07. (Pausa.) O Ver. Aldacir
Oliboni está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 51,
destacada, ao PLE nº 021/07.
O
SR. ALDACIR OLIBONI: Nobre
Presidente, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos acompanha pelo
Canal 16, leio a Emenda nº 51: “Contribuir para a reorientação do modelo
assistencial, a partir da atenção básica, em conformidade com os princípios do
Sistema Único de Saúde, imprimindo uma nova dinâmica de atuação nas Unidades
Básicas de Saúde, com definição de responsabilidades entre os serviços de Saúde
e a população, garantindo, no mínimo, 150 equipes do Programa de Saúde da
Família - PSF - até o final de 2008”.
Hoje
o Governo Municipal tem 84 equipes em Saúde da Família. Em todas as
manifestações do atual Governo, feitas nesta Casa, Ver. Dr. Raul, querem
duplicar, nesta gestão, que termina no ano que vem. Se fôssemos duplicar,
passaríamos das 160. Estamos pedindo 150. Vejam só, nobres Vereadores, a
incoerência: há poucos dias, a FAURGS extinguiu o Convênio por falta de
pagamento, e o Município de Porto Alegre, por intermédio da Secretaria da
Saúde, num convênio que nós estamos percebendo que foi feito sem licitação,
acabou contratando a Sollus, uma empresa paulista que tem suas origens muito
obscuras. Inclusive existem fatos para uma CPI nessa empresa – se alguém quer
conhecê-los, eu os tenho para mostrar. Pois bem, esta mesma entidade hoje
gerencia os serviços de Saúde em Porto Alegre: 84 PSFs, 372 Agentes
Comunitários. Nós estamos pedindo, aqui, nada mais, nada menos do que aquilo
que, em tese, o Governo teria solicitado e dito que duplicaria os serviços de
PSFs em Porto Alegre. Mais uma vez o Ver. Garcia veta a Emenda,
Vereador-Relator.
Até
onde nós vamos acreditar neste Governo? Ele diz para cumprir o que ele diz, ou
ele simplesmente está mentindo para a população? Os PSFs, na sua grande
maioria, mantêm os Agentes Comunitários em Saúde: uma equipe ou duas equipes.
Mas a grande maioria, porque só há 84, ainda não tem essas equipes, porque a
Cidade é grande, meu irmão, Dr. Garcia. Vossa Excelência dá uma demonstração de
que esta situação é suficiente. Agora, se V. Exª observar o PAC de ontem, do
Governo Lula, ele diz para os Estados e Municípios que quer investir, do ano
que vem a 2011, 89 bilhões na Saúde. Oitenta e nove bilhões na Saúde! E aí só
ganha recursos quem apresentar Projetos para receber esses recursos. Se o
Governo Municipal não encaminhar nenhum Projeto de ampliação no que se refere
aos Agentes de Saúde Comunitária, não receberá recursos. Depois ficam
criticando que o Governo Federal não manda dinheiro. Inclusive vários Projetos
feitos, em nível de Bancada, o Governo Municipal não mandou, e não vieram
recursos.
Sinceramente,
pode ser aqui a minha última Emenda, mas existe uma verdadeira demagogia. O
Governo diz que vai fazer uma coisa e veta as Emendas todas da Saúde. Todas!
Isto aqui é um absurdo! Vetar a ampliação dos PSFs ou dos Agentes Comunitários
da Cidade é um verdadeiro absurdo! Depois vai dizer, no ano que vem - um ano
eleitoral -, que o Governo Federal não mandou recursos. Oitenta e nove bilhões
para a Saúde! É só ter Projetos e pedir dinheiro para o Governo, sim. Mas, mais
uma vez, o Governo Municipal vai dizer que o Governo Federal não mandou
recursos. Infelizmente, o Governo Municipal não tem Projeto, não tem uma
Comissão ou um grupo especial, ou um GT – Grupo de Trabalho – para elaborar
Projetos, e perde, como perdeu, 9 milhões no HPS; perde, como perdeu, 2 milhões no Pronto
Socorro da Cruzeiro, e acaba investindo em outros lugares. A falta de Projetos
do atual Governo é um verdadeiro descaso com a Saúde, infelizmente.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Adeli
Sell está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 51, destacada,
ao PLE nº 021/07.
O SR. ADELI SELL: Verª Maria
Celeste, colegas Vereadores e Vereadoras, ora, ora, vejam só. Ver. Garcia, V.
Exª não foi o Relator do PPA? V. Exª não tem no computador, gravado, que havia uma
proposta no PPA de 161 PSFs? Como não pode aprovar uma Emenda de 150? Na
verdade até podemos ter cometido um erro, pois deveríamos ter feito a Emenda de
161, então foi um lapso de nossa parte.
Eu não vejo como não se rebelar, porque a sociedade
só avança quando há indivíduos que questionam o status quo que vem
contra e oprime as pessoas. Filas intermináveis nos postos de saúde! Falta de
medicamentos! Nenhum passo do Prefeito para sair da sala acarpetada do Paço
Municipal, subir a ladeira...
(Aparte anti-regimental.)
O SR. ADELI SELL: Pode ser tabuão também, não tem
problema, o problema é que ele não sabe subir a ladeira para cobrar da
Governadora o dinheiro que nos deve. Qualquer Prefeito que estivesse nesta
situação, no peito e na raça subiria a ladeira; e nós precisamos conversar,
debater exaustivamente este tema da Saúde em Porto Alegre, pois se dizia que os
nossos Orçamentos eram precários na área da Saúde, mas, efetivamente,
aplicávamos em Saúde. Nós queremos inclusive debater e discutir alguns quesitos
não apenas na Secretaria da Saúde, mas em algumas outras Secretarias. Porque os
gastos são feitos de forma desordenada. Se, por exemplo, tivéssemos um controle
efetivo sobre os carros de aluguel, talvez tivéssemos mais dinheiro para a
Saúde. Se tivéssemos controle sobre algumas atividades públicas que têm sido
feitas por essa Administração que não levam a nada, só a beneficiar, direta e
indiretamente, pessoas da Administração, seus CCs, seus apaniguados, seus
parentes, as empresinhas de fachada, teríamos outra situação na Saúde e não
estaríamos discutindo essa migalha de investimento. Porque isso aqui é uma
migalha! É uma migalha o que está sendo proposto. Porque o povo precisa muito
mais! Se nós não tivéssemos os gastos em publicidade, valores exorbitantes, que
já somam mais de 14 milhões de reais... E, quando o PT gastava 6 milhões de
reais, era escandaloso. Gastar 14 é normal? Ninguém questiona!
Afinal de contas, agora também se faz mordaça com
jornalista que levanta questões. Vão lá, fábrica de liminares, ninguém
questiona! Há independência ou não há independência de Poderes? Isto aqui é o
Legislativo de Porto Alegre! O Judiciário que cuide das questões do Judiciário!
Tem autonomia para isso! O Executivo vai pagar caro essa conta, a sua derrota será
fragorosa nas urnas, no ano que vem. Ver. Brasinha, é um escândalo iss aqui.
Sei que V. Exª está envergonhado, sei que V. Exª está abatido, sei que lhe
colocaram uma canga. Isso é tenebroso, mas sei que V. Exª vai se rebelar. Estou
fazendo um apelo a V. Exª Vai se rebelar!
(Aparte anti-regimental do Ver. Haroldo de Souza.)
O SR. ADELI SELL: Eu acho que essa aqui não deu.
Temos que aprovar esta Emenda, é o mínimo que podemos fazer. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Elias
Vidal está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 51, destacada,
ao PLE nº 021/07.
O SR. ELIAS VIDAL: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
escutei alguns Vereadores, como a Verª Maffei, o Ver. Comassetto, o Ver. Barbosa e outros, pessoas que eu
respeito, que parecem ser pessoas do bem. Mas fico preocupado quando vêm aqui à
frente e usam esta tribuna para usar um texto fora de contexto para servir de
pretexto, quando disseram, por exemplo, que este Vereador aprovou uma Emenda e
que legislei em causa própria. Isto é um absurdo muito grande, porque,
primeiro, revela, em algum aspecto, muita ignorância! E o indivíduo não pode
vir aqui até esta tribuna para usar coisas de má-fé, isto é muito feio para um
Parlamentar, usar de mentira. Porque as igrejas, as religiões têm instituições
sérias de caridade, como, por exemplo, a Igreja Católica: Lar Santo Antônio,
Pão dos Pobres, Instituto São Benedito, Amparo Santa Cruz, Educandário São João
Batista e outras tantas instituições sérias que fazem um trabalho com muita
responsabilidade.
Em
mais de 200 anos, pela primeira vez na história desta Casa, alguém colocou uma
Emenda para uma instituição, que é a ADRA. E qual o crime de ser fundada por
uma religião que tem uma Igreja séria – assim como a Igreja Católica - e que
tem muitos trabalhos sérios? E o que seria do País, do mundo se não fossem
essas instituições das múltiplas igrejas, como da própria Igreja Católica? Eu
pergunto: algum Vereador viria aqui a esta tribuna para falar de alguma
instituição da Igreja Católica? Teria esse peito, essa coragem? Não faria isso.
Cada
Vereador, quando faz uma lei, quando defende um chimarródromo, está legislando
em causa própria, porque está defendendo coisas de interesse do segmento dele!
Agora,
a ADRA, meus senhores, a minha Emenda é para a reforma da Clínica Bom
Samaritano lá da Vila Farrapos, onde os senhores e senhoras vão buscar os
votos, que há 40 anos está fazendo um trabalho de graça, com cardiologista, com
médicos pediatras, vários clínicos gerais...
(Aparte
anti-regimental.)
O
SR. ELIAS VIDAL:
Vereador, por favor...Que está rachado, está chovendo dentro, os médicos estão
trabalhando com água caindo na cabeça. E aí, só porque a Igreja Adventista,
que, há 100 anos, faz o seu trabalho social, como a Igreja Católica faz o seu
trabalho sério, aí não pode...
Nesta
tribuna, eu sempre respeitei todos os tipos de manifestações, há os que vêm
aqui e defendem o homossexualismo, o lesbianismo, defendem todas as formas religiosas,
as suas formas de crer e de pensar, e eu respeito, este Vereador respeita;
posso não concordar, mas eu respeito. O que não pode é uma pessoa vir aqui para
mentir, para dizer que este Vereador... Dando uma conotação, uma idéia para
sociedade de que eu botei uma Emenda para a Igreja, para os fiéis, que estão lá
fazendo o seu trabalho de reflexão espiritual, e que se está desviando dinheiro
disso para algo de cunho pessoal. Então, façam o favor, Verª Maffei, Ver.
Barbosa, Ver. Comassetto, que veio aqui...
Ver.
Comassetto, eu achava que V. Exª era mais sério. V. Exª não pode vir a esta
tribuna para dizer mentira, porque o que V. Exª disse é uma mentira! V. Exª
disse uma mentira nesta tribuna! Isso não fica bem para um Parlamentar como V.
Exª, que vem a esta tribuna. A ADRA, quando os senhores eram Governo, durante
16 anos, vocês deixaram o patrimônio de alguns milhões serem destruídos lá na
Vila Farrapos! Destruíram todos os gabinetes médicos, odontológicos, um
patrimônio, dinheiro público; os senhores, nos 16 anos, deixaram destruir! Vão
lá na Vila Farrapos, onde V. Exas vão buscar os seus votos, e vejam
o que sobrou, se não é como se houvesse caído uma bomba atômica num complexo
feito para durar décadas e décadas! Foi tudo destruído, porque, no Governo de
vocês, V. Exas não defenderam aquele patrimônio, derrubaram e
destruíram tudo.
Agora,
a ADRA está fazendo um trabalho, há 40 anos, lá na Vila Farrapos, e V. Exª está
achando que é demais, só porque uma igreja tem uma instituição, como a Igreja
Católica tem o Lar Santo Antônio, que faz um trabalho sério, assim como a
Igreja Adventista, como todas as outras religiões, a Assembléia de Deus, a
Batista, a Luterana, a Metodista e todas as outras têm os seus trabalhos
sérios, também.
Então,
por favor, use este microfone com responsabilidade, não use da sua prerrogativa
de Vereador para dizer mentiras nesta tribuna! Seja mais responsável! (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A
Verª Maristela Maffei está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº
51, destacada, ao PLE nº 021/07.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª
Presidenta, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, senhoras e senhores, na verdade, eu gostaria de
falar aqui só em relação à questão da Emenda, mas eu acho que é necessário,
pela seriedade desta Casa, nós recolocarmos as questões necessárias de uma Casa
com a respeitabilidade e a credibilidade que esta tem. Quando eu falei aqui em
relação à questão da Emenda, não me referia à pessoa do Vereador que me
antecedeu, muito menos com a questão da igreja ou segmento. Qualquer pessoa
profetiza aqui o seu segmento filosófico ou religioso. Eu tenho a minha
religião, todos têm a sua, eu acho que esse é o princípio de respeitabilidade
que nós temos de ter, enfim, com as escolhas que as pessoas têm. Então, não
teve aqui nenhum cunho pejorativo. Agora, eu acho desrespeitoso com a Cidade de
Porto Alegre um Vereador fazer uma Emenda puxando para si, e não é desrespeitar
instituições como a sua, e a Cidade de Porto Alegre aprovar uma Emenda para uma
instituição religiosa. E digo isso com muita tranqüilidade porque já votei
dessa forma com relação a uma Emenda de um outro Vereador, que fez uma Emenda
beneficiando a Igreja Católica Apostólica Romana, Vereador - que é a minha
Igreja! Fiz isso porque não acho digno, não acho justo, é o meu pensamento. Eu
só acredito na política numa sociedade laica. Eu não tenho esse viés. Votei
contra V. Exª, mas é uma prerrogativa sua. Quando o senhor trouxe um Projeto
aqui colocando que nós não poderíamos mais realizar concursos, na Cidade de
Porto Alegre - vejam bem, senhoras e senhores! - de um horário do sol para o
outro, porque é critério de uma religião; mas passou nesta Casa.
Respeitosamente, eu acatei. Votei contrariamente porque numa sociedade laica
isso não é possível, isso fere os princípios. Não é possível nós querermos
estabelecer toda a sociedade por um dogma da Igreja Católica, por um dogma de
qualquer outra instituição. Esta é uma Casa civilizada, é a Casa do Povo, e nós
temos de saber ter esse princípio. Nós não podemos fazer demagogia com a
miséria humana, principalmente com as nossas vilas mais empobrecidas. Se
viessem aqui fazer uma Emenda para aumentar a verba da Saúde de uma Clínica
“X”, para o Município investir para todos - estamos investindo no SUS, estamos
investindo nos Hospitais – enfim; agora, para beneficiar um segmento não é
justo. Nem Deus está feliz com isso, tenho certeza. E não venha aqui com gestos
de que aqui tem um profano e ali tem um sagrado; tentando fazer deste um local,
como se fosse um padre, uma freira, um pastor, para dizer: “Lá está Maria
Madalena e aqui está o salvador da pátria.” Vamos parar com essa demagogia, por
favor!
Temos é que respeitar esta Casa e tratá-la como ela
merece, é disso que estou falando. Portanto, palavras dizendo que estou ferindo
qualquer instituição, qualquer profecia religiosa são inverdades. Eu jamais
faria isso Vereador, até porque respeito V. Exª. A questão aqui é legislativa,
foi isso a que me referi, é desta forma que trato a política, muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. Haroldo de Souza, a Emenda nº 51,
destacada, ao PLE nº 021/07. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por
9 votos SIM; 19 votos NÃO.
Em
votação a Emenda nº 52, destacada, ao PLE 021/07. (Pausa.) O Ver. Carlos
Todeschini, autor, está com a palavra encaminhar a votação da Emenda n° 52,
destacada, ao PLE n° 021/07.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, apresentamos a Emenda n° 52,
e - diz, aqui, na análise do relatório - possui mérito, recurso tecnicamente
correto, porque ela retira recursos do Programa Gurizada Cidadã...
(Aparte
anti-regimental do Ver. Haroldo de Souza.)
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Crianças não
tão pequenas, Ver. Haroldo; o senhor devia considerar isso. Esses negócios que
aconteceram, da Tenda da Juventude, coisas assim, até agora carecem de mais
explicações. Não são tão pequeninas assim as suas crianças, certo? O senhor
concorda comigo, não? Concorda. É bom concordar.
Então,
esta Emenda tira 50 mil reais do Programa Gurizada Cidadã, mais 100 mil reais
da Administração-Geral da Secretaria Municipal da Juventude, mais 50 mil reais
da Escola de Gestão e mais 100 mil reais da Administração-Geral do Gabinete do
Prefeito - 500 mil reais para a pavimentação de uma rua. A avaliação diz: “tem
mérito e recursos tecnicamente corretos.” E aí, de novo, Verª Sofia, não dá
para entender, por que dois pesos e duas medidas? Porque a Emenda nº 43, do
Ver. Nilo, que tem exato e igual teor e conteúdo, foi aprovada. Foi! Está aqui!
E assim é que o Governo tem tratado: com dois pesos e duas medidas. Se é da
oposição, a Vereadora, Líder do Governo, passa ali dizendo: “Derruba. Vota
contra. Não. Não. Não.” Se é do Governo, foi tudo acertado, tudo acordadinho. E
aí - sem menosprezar o nobre Vereador Elias Vidal -, se a Emenda é para a
Igreja de alguém da base do Governo, vale, inclusive se ela tiver um caráter
muito particular.
Agora,
emendas organizativas, que disciplinam a Cidade, que têm mérito de conteúdo, de
organização da circulação do transporte, do trânsito de ônibus... O senhor
tem razão, Ver. Brasinha, o peso deveria ser justo, e não “para os amigos,
tudo; para os adversários, nada”. Ver. Garcia, o senhor que é Relator, tem o
critério de atender quem é amigo do Governo; a quem não é amigo do Governo,
nada!
Ontem assisti a uma apresentação do Projeto
Integrado Socioambiental lá na Ponta Grossa, e dizia o coordenador: “A situação
do esgoto em Porto Alegre é o caos, e a única coisa que o Governo fez até agora
foi pegar os projetos da prateleira, que lá estavam, levar até a Caixa e
receber o dinheiro.” Então não dá para permanentemente mentir, distorcer, fazer
jogo e atender a interesses particularistas e de conveniências, porque isso não
constrói o Estado, não constrói República, não constrói a democracia; não é
assim que se aprendeu, não é assim que se desenvolve, não é assim, Garcia, que
se fortalece a República, fazendo relatório que favoreça aos amigos.
O senhor não era assim, Ver. Garcia, o senhor tem
mudado muito. O senhor pensava na Cidade, pensaria, por exemplo, no caso
daqueles moradores daquela rua que está sendo proposta para ser incluída no
Programa de Pavimentação, porque aquelas pessoas também, Ver. Comassetto, têm
direito à dignidade, ao saneamento, à melhor condição de vida, ao ônibus
passando em frente à sua residência e ao conforto que os demais têm, desde que
os critérios sejam republicanos, desde que os critérios sejam transparentes,
iguais para todos; e não para os amigos, porque este virou um Governo de
amigos. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver.
Professor Garcia está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 52,
destacada, ao PLE nº 021/07.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, o Ver.
Carlos Todeschini veio aqui, explicou, explicou, mas ele não disse o que é a
Emenda. A Emenda dele prevê pavimentação da Rua José Alves de Castro, no Jardim
Vila Nova.
Agora, vou desafiar
meus colegas Vereadores do PT: o PT sempre adotou o princípio de que matéria
desta natureza pertence ao Orçamento Participativo, princípio do qual eu
acredito e participo.
A
Emenda do Ver. Nilo Santos fala em conservação de vias urbanas. A sua Emenda,
Vereador, carimba. Vou ler novamente: “Pavimentação da Rua José Alves de
Castro, bairro Vila Nova, investimento de 500 mil reais”. Qual dos 36
Vereadores, aqui, não gostaria de ganhar um brinde de uma pavimentação? E eu
quero fazer uma referência a V. Exª, Ver. Mario Fraga, que, de maneira digna,
colocou algumas Emendas, aceitou, porque é a formação; V. Exª também, Ver.
Ervino Besson, mas V. Exª teve algumas Emendas aprovadas, que não foi o caso do
Ver. Mario Fraga, que fez várias Emendas de pavimentação. Se isso não é
critério, nós vamos perder a essência do Orçamento Participativo. Qual é o
princípio? A discussão das demandas da comunidade. Esta é a discussão. O
Vereador diz: “Não, eu vou retirar 50 mil da Tenda da Juventude, 50 mil da
Escola de Gestão, 100 mil da Administração.” Retirou de tudo que é lugar, mas
não disse que era especificamente para uma rua. É meritório? Claro que é
meritório, Vereador. Mas nós sabemos que as demandas de pavimentação têm que
ser discutidas no âmbito da sociedade, com aquele grupo que se organiza, vai lá
e pede. Então, dentro desse princípio é que eu volto a dizer, e, aqui, eu quero
ver a posição dos companheiros do PT que sempre adotaram a posição que nunca
tinham apresentado. E foi uma surpresa! Nunca! Este Vereador é novo na
vereança, são só 11 anos, mas nunca tinha visto um Vereador do PT apresentar
uma Emenda de pavimentação de rua; porque essa é a discussão toda do Orçamento
Participativo. São as demandas. Então, estamos quebrando. É aquela questão: as
pessoas mudam. Que bom que as pessoas mudam, evoluem, dialogam, essa interação
faz parte. Mas, Vereador, se eu tivesse que fazer, hoje, o Relatório, novamente
seria pela rejeição. Muito obrigado, Srª Presidenta.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 52,
destacada, ao PLE nº 021/07.
O
SR. ADELI SELL: Verª
Maria Celeste, Presidenta desta Casa; colegas Vereadores e Vereadoras, senhoras
e senhores, são 20 horas desta quinta-feira; nós poderíamos ter terminado a
votação se ontem o Governo e sua base tivessem mantido o quórum. A bem da
verdade, vou repetir isso exaustivamente, porque mentiram para a imprensa, e
vou repetir a verdade: quem tirou quórum ontem foi a base do Governo.
Ver.
Elias Vidal, não se faça de enrolado, de bom menino, V. Exª carimbou uma verba
para uma instituição sua. Não tem nada a ver com credo religioso. Respeite-nos,
Ver. Elias Vidal! Nós respeitamos todos os credos religiosos. Não venha aqui
fazer demagogia, falar da religião a, b, c ou d. A Verª Maristela Maffei
professa um credo; é uma questão da Verª Maristela Maffei. V. Exª professa um
credo, eu respeito e vou sempre respeitar. Agora, carimbar verba para a sua
igreja, para a sua instituição, dinheiro público?
E
tem mais, tem uma Emenda do Ver. Márcio Bins Ely, que foi aprovada, que diz o
seguinte (Lê.): “Auxílio financeiro à entidade de defesa e proteção
jurídico-social”. O que é isto, Ver. Professor Garcia? Que entidade é esta? A
OAB? A Ajuris? Uma entidade de estudantes? Estão brincando! Ver. Professor
Garcia, isto aqui não dá! Povo de Porto Alegre, atente: todos os Vereadores da
base do Governo, com raras exceções, porque alguns inclusive não apresentaram
emendas... Mas isto aqui tem assinatura: Bins Ely, base do Governo. Quarenta
mil reais. Para que entidade? Aí o Ver. Professor Garcia não ouve, se faz de
surdo, de mouco, não dialoga. Nós podemos ficar aqui até as três da manhã, mas
este Orçamento será esmiuçado para a Cidade de Porto Alegre.
Quanto
à questão de obras, nós temos outras Emendas aqui, que foram aprovadas, aprovadas!
Por que o Vereador colocou essa obra? Porque o seu Orçamento Participativo,
desta gestão que o senhor sustenta, não é aquela que era a nossa, que fazia as
obras do Orçamento Participativo, que respeitava a comunidade, que ia às
reuniões do OP, que dialogava com o povo, que não tinha vergonha de subir o
morro, não tinha vergonha de ir para a periferia! Agora não sai de dentro de
seus gabinetes! Por que tirar da Tenda da Juventude? Para aquele ato muquirana,
feito aqui, gastaram 115 mil reais! Não tinha ninguém! Para quem foi feito? A
quem beneficiou? Isso é botar dinheiro fora! Por isso que tem que tirar de lá!
Tem que botar em pavimentação, tem que botar em esgoto, tem que botar em saúde!
Não para ir para a vala, para o ralo do dinheiro público! É isso que nós não
queremos, porque se gastassem menos em carros locados para determinada empresa,
se gastassem menos em consultoria para determinados consultores, aí nós
teríamos dinheiro para o PSF do Murialdo, teríamos dinheiro para colocar um
asfaltinho aqui na Vila nova! Mas não tem, não tem!
Ver. Garcia, V. Exª me decepcionou profundamente
com seus Pareceres.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Elias
Vidal está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 52, destacada,
ao PLE nº 021/07.
O SR. ELIAS VIDAL: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, é
interessante como a pessoa perde a compostura quando bate o desespero
pré-eleitoral. Vale tudo! É incrível, como é ridículo, as pessoas usam da
mentira! Ver. Adeli, ache um atestado em algum cartório que eu fundei alguma
igreja, que eu sou dono de alguma igreja. Ache, procure para ver se encontra
alguma coisa! Olhem, que ridículo, vir aqui e dizer que eu sou dono, que eu
fundei... Que coisa mais ridícula! Então eu vou dizer que os senhores são os
donos da Igreja Católica, da Igreja Luterana, Batista... Que os senhores são os
donos, que os senhores fundaram... Como a pessoa perde a compostura, quando
bate o desespero! Falar em responsabilidade, quando entregaram um Governo com
170 milhões em dívidas, falar em responsabilidade? Entregaram o Governo com
três anos no vermelho para o atual Governo; já estavam no vermelho há anos. Não
ganharam crédito em banco algum, nem no boteco da esquina tinham crédito,
quando entregaram esse Governo, com 170 milhões de dívidas! E agora vêm falar
em responsabilidade? Ora, convenhamos! Fica até feio vir à tribuna fazer um
papel ridículo e dizer coisas que não existem! Esse é o desespero do mês de
outubro do ano que vem que está se aproximando, e agora querem desqualificar
todo um trabalho, e aí vale tudo? Na hora do desespero vale tudo, diz o que se
quer! Olha, Ver. Adeli Sell, V. Exª está me desapontando, alguns Vereadores
sempre eu respeitei. Pela primeira vez, em mais de 200 anos, um Vereador vem
aqui fazer uma Emenda para uma instituição, como V. Exas já votaram
para várias instituições de assistência social, de igrejas, e não a Igreja,
religião, culto. É como o Lar Santo Antonio, como outras instituições que já
mencionei antes que fazem um trabalho sério. Aí os senhores tentam
desqualificar os moradores. Vai dizer lá na Vila Farrapos então, onde são
milhares que são atendidos lá. Vou pegar a cópia do discurso de V. Exª e
entregar lá na Vila Farrapos onde vocês vão buscar voto para ver se vale! Ah,
pára, usa o bom-senso! Saia do caminho do ridículo de vir aqui nesta tribuna e
dizer mentiras! Vão pensar na forma irresponsável como o entregaram para o
atual Governo. Olha o PAM-3 como vocês o deixaram! Quase um cemitério, quando
entregaram! E agora vêm falar em responsabilidade e Saúde? Estão muito
preocupados com a Saúde, eu vi onde vocês meteram os 470 milhões.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação
nominal, solicitada pelo Ver. Haroldo de Souza, a Emenda nº 52, destacada, ao
PLE nº 021/07. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 6 votos
SIM; 23 votos NÃO.
Em votação a Emenda nº 53, destacada, ao PLE nº
021/07. (Pausa.) O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para encaminhar a
votação da Emenda nº 53, destacada, ao PLE nº 021/07.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste, demais Vereadores e Vereadoras e assistência
desta nossa Sessão, há uma máxima que diz que, quanto mais vezes se repetir uma
mentira, verdade ela pode se tornar, não é, Ver. Aldacir Oliboni? E o Governo
inventou uma coisa para esconder a sua própria incompetência, que é de dizer
que a Prefeitura estava quebrada, endividada e que não tinha créditos.
Sim, Ver. Brasinha, os jornais estão a seu serviço
na Cidade, a serviço do seu Governo! A grande imprensa completamente
comprometida; disso ninguém tem a menor dúvida!
Porque as contas que tinham na Prefeitura não eram
maiores quando da venda da Folha de Pagamento dos funcionários de Porto Alegre.
Isso aí, nós podemos aqui
sentar e botar os números frente a frente, porque os números não mentem. Agora,
esse discurso que esconde incompetência, que há muito tempo vem servindo para
demonstrar a ausência de governo, a omissão de governo, a fuga do governo,
encobre todas as outras questões. E é por isso que o Orçamento Participativo
não existe mais, na prática, porque as obras não acontecem, não tem recursos,
não tem participação. As instâncias, quando não são esvaziadas, são
completamente manipuladas. E por isso o povo não tem mais lugar onde se
expressar, onde debater, onde hierarquizar e onde cobrar. Então, as pessoas têm
que buscar alguma forma de reagir porque estão completamente desamparadas pelas
obras, pelos serviços desta Cidade.
Ver.
Garcia, a sujeira da Cidade nunca foi tanta, a escuridão, os buracos, apesar de
que se faz licitações com adjudicação direta de 2 milhões e 20 mil reais,
apesar de que se tentou entregar o lixo para as empresas financiadoras da
campanha do atual Prefeito.
O
posto de saúde, Ver. Haroldo, é uma necessidade como são também os postos do
Murialdo, como são os postos de muito outros lugares da Cidade, onde,
inclusive, nós tivemos um Governador que iria garantir um posto de saúde a cada
quilômetro. Ele não só não fez nenhum posto, Verª Maristela, como não colocou
nenhuma pedra, e ainda deve 30 milhões para o Município de Porto Alegre. Não é
para o Prefeito, é para a população de Porto Alegre, que “paga o pato”.
Então,
nós estamos aqui, realocando recursos para a construção de um posto de saúde na
Vila Cohab-Cavalhada, e são recursos da gestão integrada, que gasta muito
dinheiro e não traz, praticamente, nenhum resultado. Dinheiro da Administração
Geral, do Gabinete do Prefeito e dinheiro de publicidade, que é no que se gasta
muito; já se gastou 14 milhões, neste ano, em publicidade contra 900 mil em
investimento em Saúde. Vejam bem, essa questão dos investimentos, Verª Sofia,
foram 15 milhões em publicidade e menos de um milhão, 900 mil reais, em Saúde.
É por isso que a comunidade buscou esta
Emenda, porque não tem mais o que fazer e não tem para quem recorrer, porque o
Governo não responde, esvaziou, desmoralizou as instâncias de
participação. E vem o Ver. Garcia, aqui, fazer demagogia, dizendo que ele é um
militante de primeira e de última hora do OP! Hora do quê? Da fantasia da
Branca de Neve e dos Sete Anões? Porque, na vida, não é isso que acontece, Ver.
Garcia! Na vida, é demagogia, manipulação e enganação do povo. Por isso é que
nós queremos o apoio a esta Emenda para o Posto de Saúde na Cohab-Cavalhada.
Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Adeli
Sell está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 53, destacada,
ao PLE nº 021/07. (Pausa.)
O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 53, destacada, ao PLE nº 021/07.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; prezados senhores e senhoras, Vereadores e
Vereadoras, quero, aqui, defender a Emenda nº 53, de autoria do nobre Ver.
Carlos Todeschini, que destina recursos do Tesouro Municipal para a implantação
do Posto de Saúde Cohab-Cavalhada, visando à ampliação do atendimento em saúde
básica especializada na Região Centro-Sul; investimento de 200 mil reais. Ela
está rejeitada pelo Relator, o nobre colega Professor Garcia, com informações
erradas, equivocadas. Professor Garcia, consulte os Planos de Investimento do
Orçamento Participativo. Esse Posto de Saúde já está decidido, discutido,
rediscutido pela comunidade e registrado em todos os fóruns do Orçamento
Participativo. Portanto, escrever aqui, dizer que não está e que não foi
discutido pela comunidade é uma postura incorreta de V. Exª ou da sua
assessoria - acredito que seja mais da sua assessoria, Vereador. E aí eu quero
fazer uma comparação com outras duas Emendas. Peguem os senhores e as senhoras
a Emenda nº 23, de autoria do Relator. Quem é o Relator? O Professor Garcia. O
que ela diz? (Lê.): “Destinar para o Porto da Inclusão, Semana de Porto Alegre,
cem mil reais”. Será que a
Semana de Porto Alegre tem mais validade que um posto de saúde, mesmo sabendo
que as comunidades estão morrendo?
Peguem
a Emenda nº 26. A Emenda nº 26, nobre Ver. Elias Vidal, destina 50 mil reais:
conceder recursos à Instituição Adventista Sul-Rio-Grandense. Quem é que não
sabe, nesta Cidade, que o senhor é um militante adventista, e que nós o
respeitamos? Quem é que não sabe disso? Vereador, o senhor veio a esta tribuna
chamar este Vereador de mentiroso, e, em honra ao nome da minha filhinha, que
casualmente está aqui, eu venho aqui para lhe dizer que eu não minto! O senhor
está carimbando recurso, e, quando o senhor nos acusa de ir buscar votos nessas
regiões, é verdade, nós vamos discutir e mostrar os projetos, mas não nos
corrompemos, comprando votos através de emenda parlamentar! É isso que está
sendo feito aqui! O senhor deve ter a coragem de vir a esta tribuna e dizer:
“Eu estou carimbando meus votos através de uma emenda para a Congregação
Adventista”, a qual nós respeitamos, assim como respeitamos umbandistas,
protestantes, muçulmanos, católicos. Nós queremos uma cidade que inclua, e não
uma cidade que exclua.
Portanto,
meus senhores e minhas senhoras, o problema colocado aqui é que a base do
Governo, do Relator Professor Garcia, como diz o nobre colega Ver. Todeschini,
mudou muito! Inclusive na gestão passada, todo mundo sabe, o Ver. Garcia era da
nossa base de sustentação do Governo. Bom, agora está na base de sustentação do
Governo Fogaça - é sua opção política. Mas deveria tratar, politicamente, de
forma igual, um tratamento eqüitativo na produção de uma cidade que inclua,
respeitando o processo da democracia, as minorias, valorizando a inteligência
produtiva de todos os colegas Vereadores e Vereadoras, e não desqualificando
dessa maneira. Aprova para uns e reprova para outros. Ou será que a Saúde não é
importante, Ver. Braz? O senhor que veio aqui falar, pegue o espelho de hoje e
veja de onde está vindo o recurso. São recursos do Governo Federal, porque a
sua Governadora está devendo 32 milhões de reais para a Saúde pública de Porto
Alegre e não repassa esses recursos, e nós já cobramos incansavelmente aqui,
inclusive do Governo anterior, que é do PMDB. O Governo Rigotto está devendo
para Porto Alegre e não repassa esses recursos. Colocar 200 mil reais numa
decisão já tomada pela comunidade, em um posto de saúde da Cavalhada, que está
inscrito no Orçamento Participativo, e simplesmente rejeitar... E depois
aprovar todas as emendas da base do Governo com o mesmo teor é uma postura de
discriminação política. Portanto meus colegas Vereadores e Vereadoras e nobre
colega Professor Garcia, nós esperamos que os políticos mudem, mas mudem para
melhor sempre. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. ERVINO BESSON:
Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, há dois anos, quando fiz uma
viagem a Paraí, tive a oportunidade de conhecer uma residência histórica,
família tradicional, uma casa de madeira. Eu perguntei quem morava ali: era a
família Todeschini. Que bom! Pessoas que têm uma história naquela cidade, gente
que ajudou a construir aquela cidade, e digo que tem, hoje em Porto Alegre, um
Vereador que representa a nossa história, a nossa agricultura, a nossa economia
da produção primária do nosso Estado. Entristeço-me quando vejo o meu amigo,
Ver. Todeschini, que tem uma história bonita como Vereador, que foi Diretor do
DMAE, enfim, dizendo que o Prefeito Fogaça não recebeu a Prefeitura numa
situação delicada, sem crédito para nada, nem para o bar na esquina. Não pode
dizer isso! É verdade Vereador, V. Exª sabe que é verdade, Vereador! Foi feito
um grande esforço pelo Prefeito Fogaça para recuperar a credibilidade - V. Exª
sabe disso, V. Exas sabem disso, é verídico! E conseguiu, com muito
esforço da sua assessoria, recuperar a credibilidade, para dar continuidade às
obras que o Governo do PT deixou em andamento, para não pararem todas as obras!
Nós não podemos chegar aqui dizendo: o Governo Fogaça pegou uma situação boa,
com dinheiro no caixa. Não é verdade! Sabemos que não é verdade! Eu me
entristeço quando vejo uma pessoa falar da forma como o Ver. Todeschini se
pronunciou há pouco nesta tribuna.
E
o meu amigo Ver. Adeli Sell, outro Vereador que também foi Secretário, que tem
uma história marcante nesta Cidade! Nós não podemos... eu não aceito... eu
jamais... eu até duvido que a nossa Bancada usasse, em qualquer evento de
qualquer outro Partido – PT, PSB, PTB... – o termo “muquirana”! Ora, é uma
pronúncia muito pesada para as pessoas que nos assistem pelo Canal 16! Não cabe
para nós, Vereadores, me perdoem, não cabe! Um evento “muquirana” – essa
palavra tão suja, tão indigesta, eu acho que não cabe. Num momento em que
estamos aqui discutindo, votando o Orçamento, votando a melhoria para a nossa
Cidade... Nós temos responsabilidade com a cidade de Porto Alegre, a
responsabilidade nossa é muito grande. Nós estamos discutindo o Plano Diretor,
de grande responsabilidade de nós todos, Vereadores e Vereadoras. Recebemos
democraticamente o voto popular desta Cidade. Nós temos que ter essa
responsabilidade perante a população de Porto Alegre! Agora, quanto a alguns
termos estão sendo usados nesta tribuna, convenhamos, Srs. Vereadores, não
podemos concordar com isso. Muito obrigado, Presidenta.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Elias Vidal está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda n° 53,
destacada, ao PLE n.° 021/08.
O
SR. ELIAS VIDAL: Verª
Maria Celeste, nossa Presidenta; Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, falar em
responsabilidade.... Eu estava fazendo um cálculo, com a minha caneta, num
papel, de quantas obras o PT, o Governo de V. Exas deixou “no
pincel”. Quinhentas obras, senhores, 500 obras! No mínimo 500, dizem que é um
pouco mais. A conta diz o seguinte: teria que construir uma obra a cada dois
dias do seu Governo. Bom, senhores, é querer cobrar! V. Exas. não tiveram
competência, estiveram 16 anos e conseguiram entregar um Governo com 500 obras,
um pouco mais. Estou falando 16 anos, senhores! Dezesseis anos, deixaram mais
de 500 obras, e agora querem que o Governo, em três anos, recupere o que vocês
em 16 anos não conseguiram fazer. Vossas Excelências não acham que chega a ser
ridículo isso? Quinhentas obras! O Governo teria que fazer uma obra a cada dois
dias para conseguir fazer o que não fizeram em 16 anos! Então eu fico pensando:
como é que podem vir a esta tribuna, pensando que o povo tem a mente curta, que
o povo não sabe disso? Dezesseis anos, e conseguiram em 16 anos deixar mais de
500 obras. Eu pergunto a V. Exas: algumas dessas 500 obras não eram
importantes? Onde é que foram votadas essas 500 obras, senhores? Porque V. Exas
eram os Ph.Ds no Orçamento Participativo. Foram V. Exas que
elegeram, junto com o povo, as mais de 500 obras e deixaram essas obras por
fazer, tendo 16 anos, e vêm falar em responsabilidade nesta tribuna? E aí,
usando mentira, usando subterfúgios, falando coisas que não existem, que sou
dono de Igreja... Mas que coisa mais ridícula, patética, vir à tribuna para...
No desespero, a pessoa se torna irracional, dizendo coisas sem fundamento, sem
pé nem cabeça! V. Exas tiveram tanto tempo para realizar,
conseguiram deixar 500, ou mais de 500 obras, e quase 200 milhões no negativo e
vêm falar de 50 mil reais que consegui numa Emenda! Em mais de 200 anos que tem
esta Câmara de Vereadores, pela primeira vez, essa instituição de assistência
social, que faz campanha de doação de sangue - que já é considerada a maior
campanha de sangue do País... De cinco projetos dessa instituição social, no
mundo, a Organização Mundial da Saúde escolheu a dela. Será que não merece
respeito? Há 40 anos a Clínica Bom Samaritano faz um bom trabalho na Vila
Farrapos. Isso é um desrespeito! Sabem o que é isso? É preconceito. V. Exas,
que defendem tanto a liberdade, a defesa dos menores, isso é tudo papo furado!
É tudo balela, é tudo da garganta para fora. Aí vêm a esta tribuna e, no
desespero, dizem o que querem, o que pensam, para tentar convencer os outros e
desqualificar o Governo, desqualificar as pessoas, desqualificar aqueles que
fazem parte de uma minoria, e, depois, vêm aqui na frente fazer um teatrinho,
falando no santo e no profano, para tentar conscientizar as pessoas de uma
forma equivocada. Convenhamos! Vão usar mais a responsabilidade! Vão olhar para
trás e ver as mais de 500 obras que os senhores deixaram por fazer! Vão olhar o
PAM-3 do jeito que vocês deixaram! Depois vêm falar aqui! Se os senhores
assumirem este Governo no futuro, daqui, quem sabe, a uns 100 anos, 150 anos,
vocês usem a responsabilidade que não usaram nos 16 anos!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº
53, destacada, ao PLE nº 021/07.
O
SR. ALCEU BRASINHA: Srª
Presidenta, Srs. Vereadores, eu vou falar poucas palavras, porque queria
responder ao Ver. Carlos Todeschini que a Bancada do PTB estava pronta para
votar, junto, a sua Emenda, Vereador, mas agora não vamos votar mais. Sabe por
quê? Porque o senhor, simplesmente, fala dizendo que os jornais estão a serviço
do Governo Municipal. Não estão! Há jornais sérios, grandes, como o jornal Zero
Hora, Correio, enfim. O senhor vem me dizer que os jornais estão a serviço do
Governo, Vereador? Não, não compensa ao senhor dizer isso, Vereador, de jeito
nenhum.
E,
Ver. Adeli Sell, o senhor falou que quem “colocou a canga” na gente foi o
Governo... Não, senhor, quem acabou de “botar a canga” foi Ver. Carlos
Todeschini, agora, porque nós estávamos preparados, íamos votar com ele esta
Emenda! Justamente íamos votar com o senhor! O senhor acabou de perder o voto
da Bancada do PTB com as suas palavras!
E
quero dizer que o seu Governo estava financeiramente, literalmente, quebrado,
Vereador, o senhor sabe que estava quebrado! Não tinha condições nenhuma mais
de sobreviver; se ele estivesse bem, vocês teriam vencido as eleições. Vocês
estavam há 16 anos, quer dizer, 5.844 dias no Governo, o que vocês querem mais?
E vão dizer que vão melhorar? Não há condições. É isto, Vereador, que quero
dizer para o senhor: quando o senhor vier aqui, nesta tribuna, pense no que
fala, porque o senhor acabou de perder o nosso voto. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em
votação nominal, solicitada pela Verª Clênia Maranhão, a Emenda nº 53,
destacada, ao PLE nº 021/07. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por
6 votos SIM; 16 votos NÃO.
Em
votação a Emenda nº 55, destacada, ao PLE nº 021/07. (Pausa.) O Ver. Carlos
Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 55,
destacada, ao PLE nº 021/07.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; colegas Vereadores, Vereadoras, senhores e
senhoras, quando uma Peça do Orçamento vem para o Executivo é para que, através
da discussão a respeito da qualidade da Cidade, nós possamos melhorar e
qualificar. Infelizmente, este Orçamento, que está sendo votado, está com uma
política de exclusão da contribuição de Emendas importantes e valiosas e com o
método político anti-republicano, com a postura política de exclusão, com a
política de relacionamentos pouco civilizados, adotada pelo nosso querido
Relator, Professor Garcia.
E
quero aqui dizer aos senhores e senhoras, Ver. Elias Vidal, que até parece que
o senhor não é de Porto Alegre, porque não conhece o conjunto de obras feito
pela Administração Popular: 4 mil obras em 16 anos, e obras como a 3ª
Perimetral, que iniciou lá na entrada da cidade, que pega toda a Av. Carlos
Gomes, que dá continuidade na Av. Teresópolis, que passa pela Av. Nonoai, que
se encaixa na Av. Cavalhada, duplicada pela Administração Popular, que pega a
Av. Eduardo Prado, duplicada pela Administração Popular, que chega na Av. Juca
Batista, duplicada pela Administração Popular, e que a próxima duplicação seria
a Av. Edgar Pires de Castro, que levaria até a Restinga, no encontro da Via do
Trabalhador, duplicada pelo Governo Alceu Collares. Portanto fazendo todo um
circuito de um anel viário estruturador da Cidade de Porto Alegre. O Sr.
Relator Professor Garcia, novamente com a sua Assessoria, rejeitou a matéria
com informações não-verdadeiras e que diz que isso não está previsto no Plano
Plurianual e que nunca foi discutido no Orçamento Participativo. Pois,
portanto, Ver. Garcia, eu quero lhe trazer mais uma informação de quem sempre
atuou, respeitou a democracia participativa. As vias estruturadoras no Fórum de
Circulação e Transporte, a Av. Edgar Pires de Castro, a Av. Oscar Pereira, a
Av. Vicente Monteggia, a Av.Baltazar, todas as obras já estão discutidas,
rediscutidas e definidas como prioridade da Cidade. Agora, para
essas obras não é pouco recurso, é muito recurso. Para tanto, tem que ter
projeto; se não tiver projeto, elas não podem ser executadas, e o que nós
propusemos aqui? Para a duplicação da Av. Edgar Pires de Castro, a elaboração
do projeto para sua duplicação. Um projeto daquela magnitude necessita de uma
sondagem, de um levantamento topográfico, necessita de estudos, de sistema de
drenagem; tudo isto é projeto para poder captar recurso. Agora, comparem esta
Emenda, de autoria do Vereador que aqui fala, com a Emenda nº 47, de autoria do
Relator. Quem é o Relator? O Professor Garcia. Qual é a Emenda do Relator?
Destina à Cidade a construção de trecho de acesso norte do Porto Seco, que é
necessário, que já foi discutido e aprovado no Orçamento Participativo. Qual é
o resultado dele? Aprova. Claro, é uma Emenda sua; aprova, junto com a Verª
Maria Celeste.
Bom, por que dois pesos e duas medidas, Professor
Garcia? Você é contra a duplicação da Av. Edgar Pires de Castro? A base do
Governo - para concluir - tem que dizer, lá na Hípica, lá em Belém Novo, lá na
Av.Juca Batista, lá na Restinga, porque o povo todo ficará sabendo, sim, da sua
postura política de exclusão de Emendas que constroem a Cidade.
Portanto, peço a todos os Vereadores, inclusive,
que votem a favor desta Emenda para elaborar projeto, para captar recurso para
a duplicação da Av. Edgar Pires de Castro. Muito obrigado, senhores e senhoras.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Elias
Vidal está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 55, destacada,
ao PLE nº 021/07.
O SR. ELIAS VIDAL: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, o
maior atestado - no apagar das luzes do seu Governo - da incompetência foi o
fato de os senhores terem tomado a iniciativa de tirar a bimestralidade. Por
que os senhores tiraram a bimestralidade? Por que, senhores? Porque o caixa
estava vazio, porque o Governo estava quebrado. É óbvio, se o Governo estivesse
bem, Ver. Comassetto... Aí, o senhor vem falar, V. Exª vem falar em atitude
anti-republicana, que este Vereador não é de Porto Alegre. Este Vereador, Ver. Comassetto, é muito
de Porto Alegre, o suficiente para ver e ouvir de pessoas que eram do seu
Governo, que, no apagar das luzes do seu Governo, deletaram, o que é de
conhecimento público, destruíram arquivos de computadores. Quem não deve não
teme. Por que nos arquivos da Saúde? E eu tenho testemunho e tenho
provas. Os senhores querem enfrentar isto judicialmente? Pessoas que viram, se
revoltaram e saíram do seu Partido. Quantos se decepcionaram ao ver, no final
de um Governo, a destruição de um conhecimento público!
Por
que tiraram a bimestralidade? Porque estava quebrado o Governo de Vossa
Excelência. Então, este Vereador é, sim, de Porto Alegre. Talvez V. Exª não
seja. Talvez V. Exª não tenha tanto carinho e tanto amor para com esta Cidade.
Um
Governo que deixou mais de 500 obras e, agora, vem se gabar, aqui, depois de 16
anos, que fez muitas obras! Mas tinha obrigação de fazer, endividando o
Governo, deixando quase 200 milhões de reais de dívida. Levou três anos para o
Governo Fogaça reabilitar este Governo. E vêm falar em responsabilidade? Diga
quais são as 4 mil obras que o seu Governo fez.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A
Verª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº
55, destacada, ao PLE nº 021/07.
Esta
é uma volta ao passado, lamentável, Verª Clênia! Lamentável! E falo por causa
do seu Governo, é uma perda muito importante desta Cidade que marcou o mundo
com a esperança de uma nova democracia. A velha Europa está perdendo a
credibilidade na democracia representativa. Têm vindo aqui
representantes da Espanha - um país que ativa e respeita a cidadania -, no
Seminário da Cidade, contar a sua experiência de Orçamento Participativo, que
aprenderam em Porto Alegre.
É
isso que nós estamos assistindo na votação do Orçamento deste ano: o
beneficiamento unilateral de entidades por Vereadores, pelo único critério do
Governo de beneficiar os seus Vereadores, e vemos rejeitadas as Emendas que
tentavam garantir a execução do Orçamento Participativo. Essa votação está
muito mais atrasada e por incompetência de gestão, incapacidade de articulação,
incapacidade de respeitar o que a Cidade tem de sabedoria na sua participação.
Este é o nosso grande protesto! E assim nós vamos divulgar para a Cidade:
Governo Fogaça bota na lata do lixo o que tem de mais precioso na construção da
democracia neste País - e quiçá exemplar para o mundo -, na esperança de uma
nova república, de uma nova democracia muito melhor para os nossos tempos, para
uma nova cidadania, um novo patamar de civilização. É esta a dor que nós viemos
aqui manifestar: menos uma disputa individual, mais a perda que este Governo
faz à democracia e à construção dura que esta Cidade fez de republicanismo.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Luiz Braz está com a palavra, para encaminhar a votação da Emenda nº 55,
destacada, ao PLE nº 021/07.
O
SR. LUIZ BRAZ: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, senhoras e
senhores; eu sempre me manifestei, aqui desta tribuna, contrário à idéia do
Orçamento Participativo como ela é colocada, tanto na gestão passada como nesta
gestão do Governo Fogaça. Acho que é um equívoco da brilhante Verª Sofia
Cavedon, quando vem a esta tribuna dizer que no passado a Cidade vinha a este
plenário e dizia o que queria. Olha, é um sofismo dos maiores, Verª Sofia
Cavedon; porque nós temos aqui 300 lugares, e eu vi, nos dias mais brilhantes
do Orçamento Participativo, talvez algumas dezenas de militantes ligados ao
Partido de Vossa Excelência, que vieram aqui para forçar os
Vereadores a votarem de uma forma ou de outra. Ora, dizer que dezenas de
militantes vindo a esta Casa é a Cidade que veio até aqui? Nós vivemos numa
Cidade de um milhão e meio de habitantes. Eu não posso falar que, com uma
dezena de moradores vindo aqui - aliás, militantes partidários ligados ao
Partido de V. Exª -, estávamos com a Cidade falando o que queria ou o que não
queria. Acho que uma administração deveria se revestir com bons assessores,
bons profissionais em todas as áreas; e esses profissionais ligados à vida da
Cidade, urbanistas é que deveriam dar o primeiro encaminhamento para as verbas
gastas pelo Governo. Essa maneira de se gastar os recursos públicos - através
disso que se começou a chamar Orçamento Participativo - é uma forma
extremamente equivocada de se gastar dinheiro público.
Não me associo a essa idéia de se fazerem
administrações públicas, por isso tanto o Governo passado, com as Emendas que
colocava e da forma como colocava o seu Orçamento, como o Governo atual, da
forma como também aceitou algumas Emendas para o Orçamento, realmente,
cometeram, no meu modo de entender, alguns equívocos que não ficaram bem. O
Orçamento, tanto no corpo do Orçamento quanto nas Emendas, deve realmente
guardar a consciência do melhor para o conjunto da sociedade. Por isso, Ver.
Todeschini, eu penso que os melhores técnicos da Cidade é que deveriam
realmente dizer o que a Cidade necessita, e, assim, nós gastaríamos melhor o
Orçamento - que não é um Orçamento pequeno; é um Orçamento de 2 bilhões e 800
milhões de reais. Mas, como as coisas não foram feitas assim, fica realmente
uma coisa muito ruim votar o Orçamento na Casa. Nós ficamos até agora,
praticamente até às 21 horas, e não vamos votar todas as Emendas que estão aí
para serem votadas; e mesmo que conseguíssemos aprovar todas as Emendas que
foram colocadas, a gente não ia ter um Orçamento melhor ou pior na Cidade para
ser praticado. Acho que nós devemos ganhar a consciência de que realmente temos
que construir alguma coisa melhor, em termos de Orçamento, para a nossa Cidade.
Este que nós aprendemos a fazer, que as administrações aprenderam a fazer acho
que realmente não trouxeram grandes benefícios para Porto Alegre. Por isso,
tanto faz votar a favor ou contra, pois o Orçamento não vai ficar nem melhor e
nem pior.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver.
Professor Garcia está com a palavra para encaminhar a Emenda nº 55, destacada,
ao PLE nº 021/07.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª
Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; a Emenda do Ver.
Comassetto, quando ele leu, na exposição, “por em decisão do OP”, justamente,
eu reforço que isso é algo já consolidado pelo Orçamento Participativo. É neste
aspecto que talvez V. Exª não tenha entendido. Como também V. Exª falou que eu
sou autor da Emenda nº 47. Não sou. A Emenda nº 47 é uma Emenda da Verª Maria
Celeste, que este Vereador, como Relator, propôs a Subemenda de Relator, para
salvar; porque foi algo construído de forma coletiva.
O que eu quero dizer é que, recentemente, na
alteração do Plurianual e inclusão na LDO, esta Casa, de forma unânime, votou a
questão do Porto Seco; e a Vereadora, quando fez a Emenda, a assessoria colocou
dentro das diversas rubricas, 800 mil reais de reserva de contingência. Reserva
de contingência não pode. Para salvar a Emenda... E cabe, eu fiz inclusive
algumas Emendas, Subemenda, por exemplo, ao Projeto do Ver. Newton Braga Rosa,
na questão da Ciência e Tecnologia, que ele havia colocado “Ensino Médio”, e a
função principal do Município é o Ensino Fundamental. Então, fizemos uma
Subemenda colocando dentro do Ensino Fundamental. Eu quero resgatar isso porque
é possível. Agora, essa questão já está prevista no Orçamento Participativo. O
que nós não podemos é carimbar... É algo que já está previsto.
Isso já foi da discussão, algo que já foi muito
discutido, é a grande demanda. Já deu até matéria no jornal.
Aí,
nós vamos pegar e vamos dizer, vamos contemplar o Ver. Comassetto... E o Ver.
Comassetto diz: “A comunidade tem que saber...” E aí O Ver. Comassetto vai
dizer: “Eu, Ver. Comassetto, mobilizei a comunidade da Zona Sul e estou
duplicando.” Não, Vereador; isso tem que ser feito de forma coletiva! De forma
coletiva porque lá no OP nós fizemos a discussão. Lá no OP é que a
grande comunidade colocou essa demanda, que já está para ser efetuada dentro
dos limites do Município, porque são inúmeras as demandas e mínimos os
recursos. E V. Exª Sabe disso.
Agora, em
cima disso, nós temos de ter essa coerência. Então, quando eu coloco ali “o
OP”, eu reforço. V. Exª diz: “Não, mas já foi discutido”. Mas é isso que eu
reforço aqui! É como foi na anterior! Por exemplo, na Emenda anterior, o
Secretário e Vice-Prefeito já sentou com a comunidade da Cohab e já disse: “Vai
sair o posto”. Bom, então, agora, entra no Orçamento. De quem foi o posto? Ah,
foi do Ver. Carlos Todeschini? Não, o posto é da cidade de Porto Alegre! A comunidade
quer construir o posto, porque a comunidade da Cohab assim o exigiu e vai ter
recursos para isso! Então, é dessa forma que estamos fazendo a discussão. E eu
acho que nós estamos num processo de crescimento e num processo evolutivo.
Muito obrigado, Srª Presidenta.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação
nominal, por solicitação do Ver. Mario Fraga, a Emenda nº 55, destacada, ao PLE
nº 021/07. (Pausa.) (Após a apuração nominal.)
Não havendo quórum para prosseguirmos a votação,
estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 20h55min.)
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